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Essa é a tábua que "Gentileza" levava consigo, pela suas perigrinações pelo brasil.Ele morreu pobre no hospital das clinicas de Mirandópolis/sp., quem esteve todos os dias com ele na sua ida foram seus familiares da cidade e o escritor "Fred" Janio, que acompanhou seus ultimos dias. Ele pregava simplismente a "gentileza", em defesa da fauna e flora, onde hoje todos estão preocupados com as devastações indiscriminadas que ocorre. "Salvem esse planeta".

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Livre e sonhador para que o mundo torne-se melhor para viver, e que as crianças não passem fome, os políticos sejam honestos e corretos com dignidade e torne nosso mundo melhor e cheio de PAZ.>>>>>>>>poesia >>>>>>>>>>>>>> Confissões: = Para meu filho Miguel 31/09/2008 -, quando ouvia a musica de Frank Sinatra É assim! Estou aqui pra te dizer O que sinto por você Fiz tudo para te agradar Mais ainda luto para a felicidade se realizar Não tenho mais palavras Fico vendo o dia amanhecer E a noite se esconder A luta que tive nada mais Que um sonho realizado!!! E a felicidade é estar perto de você...

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Mirandópolis/SP.

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Mirandópolis, fundo igreja matriz.

As crianças das américas, a destruição da NATUREZA!!

Bastam as queimadas, a corrupção, o abandono de nossas crianças que só na America latina possuem aproximadamente 80 milhões delas passando fone, sem contar com a estatística do Brasil que não temos, Basta a poluição dos nossos rios e nascentes, a fim do plástico com a volta do saco de papel, fim das queimadas da cana e das matas ciliares. Vamos fiscalizar e denunciar os abusos nas podas das arvores que fazem nas cidades e do desmatamento, faça sua parte amigo, você estará do lado da ONG "Gentileza Gera Gentileza", que tem o ideal da preservação de nosso eco-sistema, nossa mensagem e a onda VERDE para salvar nossa mãe terra. Vamos revitalizar nossas ferrovias que são o transporte dos pobres, fim do abandono Seja inteligente, elege os honestos e que defendem nossa causa. Agradecido .E feliz na sua escolha.
IN USA (ENGLISH)
he children of the americases, the destruion of NATURE!!
They have enough the burned ones, the corruption, our children's abandonment that only in Latin America they possess 80 million of them approximately passing phone, unassuming with the statistics of Brasil that we don't have, the pollution of our rivers is Enough and nascent , in order to the plastic with the turn of the paper bag, end of the burned of the cane and of the ciliary forests. We will fiscalize and to denounce the abuses in the prunings of the you hoist that do in the cities and of the deforestation, make your part friend, you will be beside ONG "Kindness Generates Kindness", that has the ideal of the preservation of our echo-system, our message and the GREEN wave to save our mother earth. We will revitalize our ferrovias that you/they are the poor transport, end of the abandonment it is intelligent, he/she chooses the honest ones and that defend our cause. Thanked happy. E in your choice. Save the Amazon (Brazil).

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cronicas de Ademar o amigo "Bispo",

1 - Clube Atlético Mirandópolis



Andando pelas ruas de Mirandópolis passo em frente ao CAM. A imaginação, a memória e a recordação trazem a saudade. Fico olhando... ali aprendi a nadar, a jogar futebol de salão e freqüentei as “matinês” dançantes nos domingos. Freqüentar estas tardes, para mim, era só olhar, a timidez e o fato de não saber dançar, nem um bolero...dois para lá, um para cá, deixava-me imóvel, só olhando. Passei toda a minha adolescência e grande parte da juventude olhando os bailes com orquestras famosas, e as noites de carnavais. Tomar um Cuba Libra, nem pensar, não tinha dinheiro para uma coca-cola.


Há dois rapazes na portaria, não os conheço, penso em pedir para dar uma olhadinha no interior do clube. Eles não me conhecem, temo que não deixe.


Meus pais não eram sócios, mas freqüentei diàriamente o clube disputei campeonatos, até o dia que seu Zé me abordou e disse-me que não poderia mais entrar, pois não era sócio. Mesmo assim entrava escondido, quando ele estava jogando truco ou “bocha”, e saia de fininho quando ele aparecia. Os amigos nunca souberam. Não disputei mais os campeonatos, dizia que estava machucado.


Proibir-me de entrar no CAM era como tirar-me o ar, a água, o alimento. Meu pai fez sacrifícios, não sei como conseguiu os dez mil cruzeiros para a “jóia” que o Faria não dispensou, e entrou como sócio. Um dos melhores presentes que recebi até hoje. Oh meu pai! Como gostaria de ser, para minhas filhas, pelo menos a metade que foi para mim.


Os rapazes da portaria não sabem a quantidade de vezes que desci aquela rampa, com o uniforme do Colégio ou da Seleção da cidade. O passado se faz presente e ouço o barulho da torcida, as fanfarras do Colégio e da Escola do Comércio. Aguardando a hora de entrar na quadra, jogando pelo Colégio, um frio corre pela barriga, ao saber que terei de marcar o Makoto, japonês bom de bola, malandro, esperto e...chorão,ou então anular o Cabeção, dono de um chute violentíssimo, mas adversário leal.


Quando defendia a Seleção da cidade não sentia calafrios, pois eles estavam do meu lado e ainda tinha o Gerson, o Nata , o Fenelon. e o Lala. Tínhamos uma excelente Seleção. Uma Seleção que se dava ao luxo de não convocar o brilhante Kaneo. Uma Seleção que se lembrava do Gato, mas não se lembrava do Padre, que o deixa inconformado até hoje.


A quadra está coberta. Quantas vezes a secamos com rodos e panos de chão, as vezes até jogando álcool nas poças d’água e colocando fogo para secá-las. Sinto uma nostalgia enorme ao relembrar fatos que ali aconteceram: a morte do meu grande amigo Careca, a quase agressão sofrida pelo Emílio Colnago, do time da Casa da Lavoura, que só não aconteceu porque o amigo Carabina interferiu, a briga entre os jogadores do Star do Jorge Sekino e a equipe da Esteves Irmãos.


Novamente seu Zé me impede de entrar no clube, agora porque tenho dezoito anos e não posso mais ser dependente, tenho de ser sócio individual. Não temos condições de pagar duas mensalidades. Surge a salvação na figura de meu tio Bento Guilherme que, de mudança para São Paulo, transfere seu título, de sócio fundador, para mim., não preciso pagar nem a mensalidade enquanto o Clube não devolver o empréstimo feito por ele.


O pensamento permanece carregado com os sons e imagens do passado. Parece-me ouvir o apito dos juízes: Bananeira, Milton, Fernando Miron e Aziz. Na arquibancada de madeira, no alto, vejo meus pais, que não perdiam nenhum jogo. Não havia jornal nacional, não havia novelas, não havia televisão. Logo abaixo, a família Mustafa: doutor Neif, dona Antiniska, dona Rosa, seu Vasco e os jovens Reinaldo e Regina, meus fãs, família admirada e muito querida por mim. Na arquibancada de cimento, bem no alto, ao lado da Clarinda Justi, revejo a Marlene, minha primeira namorada.


Um carro passa, buzina e me faz voltar ao presente. Alguém grita, acena e me chama. Eu respondo, aceno de volta, mas... quem é? Não reconheci.


Um pedido de perdão


O casal desceu do trem na estação de Mirandópolis, a mulher trazia nos braços uma criança enrolada em uma manta. O homem carregava uma pequena mala e um saco com algumas roupas. Era um casal jovem, sadios, mas seus rostos mostravam uma grande tristeza. Atravessaram os trilhos e desceram para a Rua Aguapei (Dr. Edgar), na altura do atual Banespa foram abordados por um velho, negro, magro, que humildemente perguntou-lhes o que estava acontecendo.


A mulher, chorando, contou-lhe: -- Estamos chegando de Araçatuba, fomos buscar nosso filho no hospital Santana, ele está com pneumonia e os médicos disseram que não tem mais o que fazer. Continuaram descendo a rua e ela continuou a narrativa:


-- Este é o nosso único filho, está com seis meses de idade, já perdemos quatro ao nascerem e vamos perder mais um.


Ao chegarem à Rua do Comércio(Nove de Julho), viraram à direita, pois moravam no meio daquele quarteirão, próximo onde é a selaria São Jorge. O velhinho se apresentou: --meu nome é Cassiano, sou pai do Arlindo alfaiate e peço permissão a vocês para benzer o garotinho.


O casal deu a permissão, convidou-o para entrar, mas ele disse que ficaria no quintal mesmo. Apanhou uns ramos de arruda, mandou que a mulher sentasse com o garoto no colo e por três vezes passou os ramos pela criança orando em voz baixa. Ao terminar mandou que dessa a mamadeira ao menino.


A mulher disse que não adiantaria que ele não estava mais mamando e que quando mamava alguma coisa, vomitava tudo em seguida. Ele insistiu para que amamentasse então ela cedeu. O garoto mamou tudo e não vomitou.


O casal não sabia o que dizer, não acreditava no que via, até a febre havia diminuído. Seu Cassiano falou: --o menino não vai morrer, a tarde volto para benzer novamente. Despediu-se, voltou aquela tarde e muitas outras, pois passou a ser considerado alguém da família.


A criança sarou, cresceu, o casal vendeu a casa para o Motomya e comprou uma, de um dentista, na Rua São João, mas a amizade deles continuou sempre muito firme e sincera. O casal contou a história para o garoto e ele sempre que encontrava seu Cassiano corria a apanhar ramos de arruda e pedia: -- Vô Cassiano, me benze.....


Quando o pai do garoto não estava trabalhando nas fazendas, derrubando árvores, no machado e no” traçador”, pois ajudou a abrir as fazendas dos Peres, dos Gotardi, e muitas outras, ele subia a rua São João, à tardezinha, com seu Cassiano e o convidava para um café. O garoto, já com sete anos de idade, jogava futebol com os amigos, mas assim que os via corria, apanhava um ramo de arruda, e pedia para o vô Cassiano benzê-lo.


Numa tarde, depois que seu Cassiano foi embora, um amigo chegou até ao garoto e exclamou: --- Demá, seu avô é preto!


No dia seguinte, quando Demá viu o pai e seu Cassiano dobrarem a esquina, foi se afastando, foi se esquivando e se escondendo atrás do poste. Seu pai estranhou o comportamento e disse: -- não vai pedir a benção ao vô Cassiano e pedir que o benze?


Seu Cassiano falou: -- deixe o menino, ele está com vergonha porque sou preto


Nota: Eu tinha de escrever esta história. Há cinqüenta e oito anos isto me machuca. Apesar de ter certeza absoluta, de que naquele momento, seu Cassiano me perdoou, pois ele tinha algo “Divino”, algo mais que nós, simples mortais, não temos.


O amigo da exclamação não deve se lembrar desta passagem. Foi o meu melhor amigo da infância. Defendia-me de outros garotos maiores. Chegou a brigar com o Rosa Branca para me defender. Na adolescência e juventude seguimos turmas diferentes. Faz mais de quarenta anos que não nos vemos. Prometeu que compareceria aos nossos Encontros, chegou a pagar o último, mas precisou viajar para outro lugar a serviço e não veio.. Na crônica sobre o CAM ele se manifestou e disse: precisamos nos encontrar(lembra?).


...eu gosto muito de você, mas gosto muito mesmo, meu grande amigo.

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